50 versões de amor e prazer

13 autoras brasileiras

 

Erotismo e qualidade literária nem sempre andam juntos. Ao reunir 13 autoras brasileiras de alto nível – algumas delas já veteranas, como Márcia Denser e Cecília Prada, e outras, como Luísa Geisler, de 21 anos, extremamente jovens – esta coletânea fascina por unir esses dois atributos: histórias de altíssima voltagem erótica e plena qualidade artística. O erotismo que vemos aqui é ora romântico, refinado, implícito, ora obsceno, pervertido, explícito e até bizarro. Reflete de algum modo, e criticamente, nos momentos mais crus, a cultura da pornografia, a indústria do sexo e seus incontáveis produtos. Um convite irrecusável aos que desejam se entregar sem censura ao prazer.
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US$26.90

 

Erotismo e qualidade literária nem sempre andam juntos. Ao reunir 13 autoras brasileiras de alto nível – algumas delas já veteranas, como Márcia Denser e Cecília Prada, e outras, como Luísa Geisler, de 21 anos, extremamente jovens – esta coletânea fascina por unir esses dois atributos: histórias de altíssima voltagem erótica e plena qualidade artística.
O erotismo que vemos aqui é ora romântico, refinado, implícito, ora obsceno, pervertido, explícito e até bizarro. Reflete de algum modo, e criticamente, nos momentos mais crus, a cultura da pornografia, a indústria do sexo e seus incontáveis produtos.
Um convite irrecusável aos que desejam se entregar sem censura ao prazer.

Book Details

Author: 13 autoras brasileiras
ISBN: 9788581301228
Publisher: Geração Editorial
Pages: 360
Language: Portuguese (Brazil)
Dimensions: 23.4 x 15.6 cm

More about the book

Erotismo feminino à brasileira

Geração Editorial lança coletânea com 50 histórias de alta voltagem erótica e qualidade literária por 13 autoras nacionais Erotismo e qualidade literária nem sempre andam juntos. Ao reunir 13 autoras brasileiras de alto nível – algumas delas já veteranas, como Márcia Denser e Cecília Prada, e outras, como Luísa Geisler, de 21 anos, extremamente jovens – esta coletânea fascina por unir esses dois atributos: erotismo e qualidade artística, tornando o livro uma alternativa aos livros eróticos publicados na onda inaugurada pelo best-seller Cinquenta tons de cinza. O erotismo reunido e o organizado pelo professor de literatura e escritor Rinaldo de Fernandes é ora romântico, refinado, implícito, ora obsceno, pervertido, explícito e até bizarro. Reflete de algum modo, e criticamente, nos momentos mais crus, a cultura da pornografia, a indústria do sexo e seus incontáveis produtos. As 13 escritoras que integram o livro são todas importantes e premiadas no cenário da literatura brasileira atual. São elas: Ana Miranda, Ana Paula Maia, Andréa del Fuego, Ana Ferreira, Állex Leilla, Cecilia Prada, Heloisa Seixas, Juliana Frank, Leila Guenther, Luisa Geisler (autora de apenas 21 anos e que é uma das revelações da literatura brasileira), Márcia Denser, Marilia Arnaud e Tércia Montenegro. “Hot dog”, de Állex Leilla, flagra uma mulher no trânsito que de repente se depara com um “ex-amigo” – e aí lhe ocorrem imagens intensas, de instantes que ela passou com o rapaz; a mulher revive ao volante cenas de sexo bizarro. “Enquanto seu lobo não vem”, de Ana Ferreira, é escrito em forma de carta, da mulher para o marido pedófilo. “A sesta”, de Ana Miranda, é um conto notável – ativa o apetite do leitor ao associar os campos semânticos do sexo e do paladar. “Perversão”, de Ana Paula Maia, é a história de um homem casado cujo prazer erótico está em seduzir outras mulheres e dispensá-las após um jantar romântico, deixando-as arrasadas. “O amante de mamãe”, de Andréa del Fuego, é demolidor – a mãe e o pai, as aparências preservadas, optam pela traição; a filha almeja um amante como o da mãe. Cecilia Prada, em “Insólita flor do sexo”, de um erotismo requintado, relata as descobertas de uma menina de 13 anos num colégio de freiras (tem o desejo despertado por uma das freiras que parece “um homem” e que a menina, retocando-lhe a figura, imagina ser seu “namorado”). “Romance de calçada”, de Juliana Frank, é magistral – trata-se de uma pequena obra-prima da narrativa sadomasoquista. “Pérolas absolutas”, de Heloisa Seixas, traz como protagonista uma mulher que circula de carro na noite e se depara com um travesti – a narrativa expõe os subterrâneos, as sombras por onde os seres, solitários e sequiosos, deslizam na grande cidade. “Romã”, de Leila Guenther, é a história de Lia e sua relação com um professor de psicologia. No conto um incesto é insinuado. Luisa Geisler tem apenas 21 anos e é uma das revelações da literatura brasileira. “Penugem”, com um narrador-personagem astuto, aparentando não ser o que de fato é (um pedófilo, “espectador” de sua própria filha), é um conto estupendo. As protagonistas de Márcia Denser são irônicas, liberadas, permissivas – uma das melhores cenas de sexo de nossa literatura é a do desfecho de “O animal dos motéis”. Marilia Arnaud é uma contista impiedosa – o premiado “Senhorita Bruna” é sobre ciúme e vingança (traz uma frenética cena de masturbação). “Curiosidade”, Tércia Montenegro, com a protagonista numa varanda, “nua e indefesa”, induzida pelo parceiro, explora o tema do exibicionismo. “Um caso familiar”, também de Tércia, é um conto imaginativo e impactante – Jéssica, a amiga da narradora, pratica sexo (ménage) com Rubem e a avó deste.  

Sobre o organizador

Rinaldo de Fernandes é escritor e professor de literatura, doutor em Teoria e História Literária pela Unicamp. Como escritor atua como ficcionista, ensaísta e antologista. Já lançou três livros de contos e um romance, tendo obtido o Prêmio Nacional de Contos do Paraná em 2006, concorrendo com cerca de 1.200 escritores de todo o Brasil. Foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura em 2009 com o romance Rita no Pomar, que já foi roteirizado e deve virar um longa-metragem. Organizou várias antologias de contos e de ensaios. Para a Geração Editorial organizou O Clarim e a Oração: cem anos de Os Sertões (2002), Contos cruéis: as narrativas mais violentas da literatura brasileira contemporânea (2006), Capitu mandou flores: contos para Machado de Assis nos cem anos de sua morte (2008) e 50 versões de amor e prazer (2012).  

Entrevista com o organizador

  Quando surgiu a ideia para organizar um livro de contos eróticos? Por quê? O convite me foi feito pelo editor Luiz Fernando Emediato. Ele já havia sugerido, anos atrás, que eu deveria organizar uma antologia de contos eróticos. Eu até pensei em autores e obras que poderiam compô-la, mas terminei me dirigindo para outras coisas, deixei de lado a sugestão. Agora terminei convencido de que era o momento apropriado, pois há, de fato, um grande interesse pelo tema, não só por parte do público, mas também por parte dos autores. Hoje, ao se abrir um livro de contos, o erotismo quase sempre está presente. Em especial, em livros escritos por mulheres. O livro reúne 13 escritoras consagradas e grandes apostas da literatura contemporânea brasileira. Como foi o processo de curadoria? Qual foi o critério para escolhas dessas autoras? O critério que sempre adoto em minhas antologias é o da qualidade, do bom texto. As autoras que integram a 50 versões de amor e prazer são nomes importantíssimos da literatura brasileira contemporânea, muitas delas já premiadas. Mesclei autoras já consagradas com emergentes e jovens promessas – como fiz em outras antologias. As autoras representam os anos 70, 80, 90 e 00 de nossa literatura, como deixo claro no ensaio que vem como posfácio da coletânea. Os contos foram escritos especialmente para essa antologia? São todos inéditos? Juntei contos publicados e inéditos. Contos já clássicos de Márcia Denser e de Cecilia Prada, por exemplo, com contos feitos exclusivamente para o projeto – como os da jovem e talentosa Luisa Gleiser. A premiadíssima Tércia Montenegro, para citar só um caso, me mandou textos inéditos, de projetos que já vinha desenvolvendo de narrativas eróticas. Há contos inéditos, como “A sesta”, de Ana Miranda, que vieram para ficar. O que acha sobre dessa “onda” de livros eróticos para mulheres? Acha que veio para ficar? Por que você acha que as mulheres repentinamente começaram a consumir literatura erótica de um modo nunca visto antes? Penso que, hoje, a mulher assumiu bem mais o seu discurso, a sua palavra, inclusive no âmbito da sexualidade. Hoje a fala feminina na política, no direito, na comunicação, na literatura, é forte. No caso da ficção, é como se o desejo feminino ganhasse mais força se expresso por narradoras. Isto tem gerado curiosidade, interesse, especialmente do público feminino. Você acredita que essa “onda” pode contribuir de alguma maneira para a uma nova estética literária? Numa nova estética, não. Não vejo literatura como uma questão de gênero – o que faz um bom texto, antes de tudo, é o talento do autor. Qualidade literária independe de gênero, se masculino ou feminino. Vejo mais como uma novidade que tem a ver com a curiosidade, com a pergunta que fica no ar para leitoras e leitores que consomem ou despertam para o texto erótico – “Afinal, o que essa narradora tem a nos dizer sobre sexo?” O que diferencia basicamente o erotismo escrito por um homem daquele escrito por uma mulher? Não vejo diferença. O tema em si – e o erotismo é um tema desde sempre na literatura – não determina a eficácia de um texto, e sim a forma como ele foi elaborado. A escrita não tem sexo, ela pede qualidade para quem escreve. Qual a diferença da atual moda literária erótica com relação as tentativas nessa direção feitas na década de 70 com autoras como Cassandra Rios e Adelaide Carraro? Nos anos 70 havia a censura. Ler essas autoras era quase um ato subversivo. O que há em comum entre aquele contexto e o de hoje é que a expressão erótica feminina continua gerando muita curiosidade.

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