Clube das mulheres

Adriana Vargas
As luzes da ribalta foram acesas. Se houvesse algum relógio no local, eu saberia que seriam exatamente 23 horas. Mas,as pessoas que aqui se encontram desejam qualquer coisa, menos saber sobre o tempo ou qualquer realidade que as façam se lembrar de quem são e o que as aguardado lado de fora.Eu também fugia dessa situação. Muito embora,nada me fez esquecer todos os detalhes que me trouxerampara onde estou, escrevendo um livro sobre os meus melhores e piores momentos num Clube destinados às mulheres.O palco se preparava para o show daquela noite. A música estridente ecoava por todos os lados, frestas e sorrisos tímidos eram inundados pelo som que conotava luxúria e um desejo incontrolável de se sentir livre diante de um cenário altamente convidativo.As mesas e os camarins já estavam sendo ocupados pelo público feminino que não parava de chegar. Olhos afoitos vasculhavam o ambiente que,por si só, cheirava à lascívia. Pergunto-me se a maioria sabia exatamente o que buscava ali ou apenas procurava por um alívio imediato.Aresposta só viria com o passar da noite, depois de observar corpos carentes e famintos absortos na fantasia de sentir,ou se imaginar sentindo,cada centímetro daqueles homens que muito em breve surgiriam detrás das cortinas, prontos para tudo. Nesse momento, as respostas começavam a surgir e me regozijo em apenas me colocar no lugar das mulheres presentes,sendo uma delas, coisa que o passado poderia trazer à tona, se eu permitisse. As cortinas se abriram num efeito suspense ao revelar os segredos guardados para aquela noite.Os corpos másculos se exibiramcom volumes incandescentes em pequenas sungas. Osrostos estavam cobertos por máscaras brilhantes que somavam o total de seis homens bem dotados e marcados por uma geografia corporal privilegiada.Eram sete. O sétimo dos rapazes não teriaseu lugar substituído por ninguém. Em seguida, a histeria corrompeuo ambiente. Read more

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As luzes da ribalta foram acesas. Se houvesse algum relógio no local, eu saberia que seriam exatamente 23 horas. Mas,as pessoas que aqui se encontram desejam qualquer coisa, menos saber sobre o tempo ou qualquer realidade que as façam se lembrar de quem são e o que as aguardado lado de fora.Eu também fugia dessa situação. Muito embora,nada me fez esquecer todos os detalhes que me trouxerampara onde estou, escrevendo um livro sobre os meus melhores e piores momentos num Clube destinados às mulheres.O palco se preparava para o show daquela noite. A música estridente ecoava por todos os lados, frestas e sorrisos tímidos eram inundados pelo som que conotava luxúria e um desejo incontrolável de se sentir livre diante de um cenário altamente convidativo.As mesas e os camarins já estavam sendo ocupados pelo público feminino que não parava de chegar. Olhos afoitos vasculhavam o ambiente que,por si só, cheirava à lascívia. Pergunto-me se a maioria sabia exatamente o que buscava ali ou apenas procurava por um alívio imediato.Aresposta só viria com o passar da noite, depois de observar corpos carentes e famintos absortos na fantasia de sentir,ou se imaginar sentindo,cada centímetro daqueles homens que muito em breve surgiriam detrás das cortinas, prontos para tudo. Nesse momento, as respostas começavam a surgir e me regozijo em apenas me colocar no lugar das mulheres presentes,sendo uma delas, coisa que o passado poderia trazer à tona, se eu permitisse. As cortinas se abriram num efeito suspense ao revelar os segredos guardados para aquela noite.Os corpos másculos se exibiramcom volumes incandescentes em pequenas sungas. Osrostos estavam cobertos por máscaras brilhantes que somavam o total de seis homens bem dotados e marcados por uma geografia corporal privilegiada.Eram sete. O sétimo dos rapazes não teriaseu lugar substituído por ninguém. Em seguida, a histeria corrompeuo ambiente.

Book Details

Author: Adriana Vargas
ISBN: 9786586154528
Publisher: Ler Editorial
Publication year: 2022
Cover: Brochura - Paperback / softback
Pages: 256
Language: Portuguese (Brazil)
Dimensions: 23 x 15.6 cm

More about the book

Corpos sedentos se contorceram febris e eu pudesentir de onde estavao cheiro da flora que já umedecia as calcinhas. Eu procurava o rosto dele por entre os rapazes, ele não estava em lugar algum. O tempo parecia levar a cada segundo, a esperança remota de recriá-lo para estar novamente ali, dançando para. Só me restava a doce ilusão de acreditar que um dia a cortina se abriráe seu corpo lindo surgirá das cinzas, numa possibilidade de me deitar sobre tudo que me pertenceu, e perdi. Hoje, a única coisa que realmente sei que tenho é este lugar dos sonhos e fantasias, quecomprei depois deperder a esperança de reconquistá-lo. Só existe um detalhe... Sou dele e tudo é por ele, mesmo quando não estáaqui, não importando quem ele seja. Mas, além de mim, ninguém sabequem eu sou. Quando saberão? No final de tudo, quando não existir mais respostas.Isso é possível?Sim, desde que as perguntas também se findem. Quem soueu?Sou aquela que veio para confundir sua mente efazer você enxergar aquilo que não quer ver. “Hasta la vista, baby!”Temos um longo caminho a prosseguir. Pode me amarou me odiar, mas há de convir comigo que nem tudo são flores.

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