Do-In Clássico: A milenar arte chinesa

Juracy Cançado
O DO-IN surge em um novo livro de Juracy Cançado, numa edição completa e atualizada, unindo combinações de pontos e receitas curativas, frutos de dedicado trabalho de pesquisa e verificação pessoal do autor. "Artes terapêuticas chinesas: Muito antes de começarem a perfurar pontos estratégicos na pele com finos estiletes de pedra, precursores das agulhas da acupuntura, os mestres e iniciados da China antiga já cuidavam da saúde e praticavam o aprimoramento pessoal por meio de posturas corporais, alongamentos, automassagens e exercícios res­pi­ratórios vitalizantes. As referências mais longínquas a essas práticas constam de escritos em bronze datadas da dinastia Zhou (1100-231 a.C.). Rastrear as origens dos exercícios terapêuticos chineses sugere um trabalho arqueológico que se estenderia para além das brumas do antiquíssimo. Encontrado em escavações recentes na província de Hu Nan, no interior da China, um texto bastante esclarecedor, escrito em rolo de seda no ano 168 a.C., é ilustrado com figuras de mulheres e homens, jovens e idosos praticando uma ginástica terapêutica chamada ‘Dao Yin’ (Tao Yin). Supõe-se que o termo Dao Yin, que se traduz por “método de condução do Qi”, tenha sido o primeiro nome criado na China para designar um método corporal destinado aos cuidados com a saúde. Ao longo do tempo, o Dao Yin assimila noções taoístas de fisiologia energética e circulação dos fluxos vitais e, incorporando exercícios físicos e espirituais para o cultivo da longevidade concebidos nas escolas de alquimia interna (Nei Dan), consolida-se como um poderoso sistema de autocura. Read more

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O DO-IN surge em um novo livro de Juracy Cançado, numa edição completa e atualizada, unindo combinações de pontos e receitas curativas, frutos de dedicado trabalho de pesquisa e verificação pessoal do autor.

“Artes terapêuticas chinesas: Muito antes de começarem a perfurar pontos estratégicos na pele com finos estiletes de pedra, precursores das agulhas da acupuntura, os mestres e iniciados da China antiga já cuidavam da saúde e praticavam o aprimoramento pessoal por meio de posturas corporais, alongamentos, automassagens e exercícios res­pi­ratórios vitalizantes. As referências mais longínquas a essas práticas constam de escritos em bronze datadas da dinastia Zhou (1100-231 a.C.). Rastrear as origens dos exercícios terapêuticos chineses sugere um trabalho arqueológico que se estenderia para além das brumas do antiquíssimo. Encontrado em escavações recentes na província de Hu Nan, no interior da China, um texto bastante esclarecedor, escrito em rolo de seda no ano 168 a.C., é ilustrado com figuras de mulheres e homens, jovens e idosos praticando uma ginástica terapêutica chamada ‘Dao Yin’ (Tao Yin). Supõe-se que o termo Dao Yin, que se traduz por “método de condução do Qi”, tenha sido o primeiro nome criado na China para designar um método corporal destinado aos cuidados com a saúde. Ao longo do tempo, o Dao Yin assimila noções taoístas de fisiologia energética e circulação dos fluxos vitais e, incorporando exercícios físicos e espirituais para o cultivo da longevidade concebidos nas escolas de alquimia interna (Nei Dan), consolida-se como um poderoso sistema de autocura.

Book Details

Author: Juracy Cançado
ISBN: 9788572171830
Publisher: Ground Book
Pages: 320
Language: Portuguese (Brazil)
Dimensions: 23.4 x 15.6 cm

More about the book

Nesse modelo ancestral de yoga taoísta já se encontravam estabelecidos os princípios que irão servir de alicerces para todo o universo das artes terapêuticas chinesas: regular o corpo, regular a mente, regular a respiração e, meta última, regular o Qi. A influência budista Séculos de intercâmbios entre a China e a Índia resultaram em significativas influências na filosofia e nas práticas físicas e espiri­­tuais da tradição chinesa. Atribuída ao legendário monge budista Bodhidarma (Da Mo), a implantação da meditação ‘Dhyana’ – ‘Chan’, em chinês – inaugura uma corrente de pensamento que irá sintetizar as doutrinas das escolas budistas e taoístas e reformular suas práticas de auto aprimoramento e defesa pessoal. Sob essas influências, o ancestral Dao Yin vai gradativamente se desdobrando em múltiplas vertentes. A ênfase na postura corporal e no movimento, na respiração e na mentalização dirigida resultou em métodos distintos como o Kong Fu (hoje reduzido exclusiva­mente a técnicas de combate), o ‘Tai Ji Quan’ (Tai Chi Chuan) e o ‘Qi Gong’ (Chi Kun). Paralelamente, a evolução das técnicas de intervenção nos pontos dos meridianos – com as mãos, com agulhas e por cauterizações com lã de artemísia –, associada a elaboradas classificações de padrões patalógicos, deram origem a métodos de caráter medicativo, como a massagem terapêutica ‘An Mo’, a moxaterapia e a hoje universal acupuntura. Com a inclusão de noções mais aprofundadas de fisiologia energética e diagnose, a acupuntura foi pouco a pouco tendo o seu uso restrito ao contexto clínico. Na China atual, o termo Dao Yin refere-se exclusivamente à auto­mas­sagem. A massagem terapêutica dirigida a outra pessoa tem o nome de An Mo ou Tui Na. O conjunto de métodos para o aprimoramento pessoal e a autocura é hoje referido genericamente como modalidades de Qi Gong. Estima-se que existem atualmente na China cerca de 18.000 estilos de Qi Gong. O diálogo com o Japão Mas, antes de despontar no Ocidente a medicina chinesa tradicional se reveste, no Japão, de uma roupagem fortemente marcada por tonalidades locais. A partir do século VI da nossa era, a cultura e a tradição chinesas vão gradativamente se infiltrando nos domínios japoneses, até o ponto em que se dá uma verdadeira simbiose entre as duas civilizações. Sob a rubrica do termo ‘Do’, equivalente fonético do ‘Dao’ (Tao) chinês, estabelece-se no Japão uma escola matriz que sintetiza o legado cultural da China e confere a muitas das suas correntes de pensamento e disciplinas um desenvolvimento ainda maior do que o alcançado em sua própria pátria. A meditação Chan dá origem ao Zen, a acupuntura adquire estilos diferenciados, a massagem terapêutica An Mo ganha a objetividade técnica do Shiatsu, as artes marciais evoluem em modalidades como o Judô, o karatedo e o Aikido. E o quase esquecido Dao Yin tem no Do-in a sua mais completa tradução. Práticas chinesas de autocura Resgatando o espírito e a essência original do ancestral Dao Yin, um método de auto aprimoramento físico e espiritual e de preparo iniciático, reformulado pelos mestres da escola Do, ganha forma nos dojo japoneses com o nome de ‘Do-In Kwappo’. O termo Do-In traduz literalmente a noção de Dao Yin: Dao, e sua correspondência japonesa Do, expressam aqui a ideia de “caminho, condução de Qi”; Yin ou In, “o modo fácil, suave”. Kwappo, por sua vez exprime a ideia de “restaurar, regenerar” – por meio dos recursos pessoais. A notável combinação de simplicidade e eficácia permite que o Do-In logo se popularize, tornando-se uma rotina diária para a prevenção e o tratamento de problemas de saúde acessível às pessoas comuns. Voltada para os cuidados pessoais e a autocura com o concurso das próprias mãos, a prática do Do-In logo passou a se inserir nos costumes familiares, congregando adultos, idosos e crianças num saudável ritual cotidiano. A acessibilidade da técnica, contudo, em nada compromete a sua eficácia. O Do-In, à semelhança do seu modelo primordial chinês, dispõe de um acervo de recursos terapêuticos singelos – sob o olhar leigo – que, aplicados no contexto devido, se revelam não apenas de grande utilidade mas, por vezes insuperáveis. Dentre essas possibilidades mais imediatas e acessíveis, duas modali­dades se destacam: as automassagens para a prevenção e o aprimoramento pessoal, e as técnicas para correção de disfunções."  
Sobre o autor Juracy Cançado foi o introdutor do Do-In no Brasil. Desde 1973 desenvolve amplo trabalho pedagógico de iniciação às artes terapêuticas chinesas e suas afinidades com as terapias corporais energéticas contemporâneas, com ênfase na integração da sabedoria milenar com as mais modernas concepções no campo da saúde. Além de escrever seus próprios livros, (“Do-In Primeiros Socorros – vols. 1 e 2”, “Do-In para Crianças“, “Rios de Chi“)interferiu diretamente na publicação de várias obras de referência: “Do-In – Técnica oriental de auto-massagem”, Jacques de Langre; ”Shantala: massagem para bebês”, Frédérick Leboyer; ”O Livro do Do-In”, Michio Kushi; “Shiatsu dos Pés Descalços”, Shizuko Yamamoto, entre outros.

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