O tempo Saquarema: a formação do Estado Imperial

Ilmar Rohloff de Mattos

PRÊMIO LITERÁRIO NACIONAL, 1986, GÊNERO HISTÓRIA INSTITUTO NACIONAL DO LIVRO - Ministério da Cultura

  Os anos que se seguiram à abdicação do primeiro imperador foram anos de ação, de reação e de transação. Foram também anos de revoltas, rebeliões e insurreições negras. Este trabalho procura captar, ao menos em parte, as trajetórias daqueles que viveram esse tempo singular. Ele resulta das questões que foram selecionadas e traduzidas sob a forma de objetivos, isto é, as questões referentes ao Estado imperial, à classe sensorial e aos dirigentes saquaremas, como construção historicamente determinada, e não como noções e conceitos previamente dados.
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PRÊMIO LITERÁRIO NACIONAL, 1986, GÊNERO HISTÓRIA INSTITUTO NACIONAL DO LIVRO – Ministério da Cultura

 

Os anos que se seguiram à abdicação do primeiro imperador foram anos de ação, de reação e de transação. Foram também anos de revoltas, rebeliões e insurreições negras. Este trabalho procura captar, ao menos em parte, as trajetórias daqueles que viveram esse tempo singular. Ele resulta das questões que foram selecionadas e traduzidas sob a forma de objetivos, isto é, as questões referentes ao Estado imperial, à classe sensorial e aos dirigentes saquaremas, como construção historicamente determinada, e não como noções e conceitos previamente dados.

Book Details

Author: Ilmar Rohloff de Mattos
ISBN: 9788584041138
Publisher: Hucitec
Pages: 314
Edition: 7ª. edição
Language: Portuguese (Brazil)
Dimensions: 21.0 x 14.0 cm

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NOTA DE EDIÇÃO EM SUA VERSÃO ORIGINAL

O Tempo Saquaremafoi apre-sentado como tese de doutoramento ao Departamento de Históriada Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, em agosto de 1985, perante banca examinadoraconstituída pelos professores doutores Francisco José Calazans Falcon, Margarida de Souza Neves, Suely Robles Reis de Queiroz, Fernando Antônio Novais e Eduardo d’Oliveira França. Em 1986, recebeu o Prêmio Literário Nacional – Gênero História, na categoria de obras inéditas, do Instituto Nacional do Livro (Ministério da Cultura), tendo sido a Comissão Julgadora formada pelos professores doutores Francisco Iglésias, José Murilo de Carvalho e Déa Ribeiro Fenelon.   APRESENTAÇÃO PARA UMA PARCELA CONSIDERÁVEL dos homens que habitavam o Império do Brasil, e também para umas poucas mulheres, os anos que se seguiram à abdicação do primeiro imperador foramanos vividos intensamente. No Parlamento, nas casas, nos pasquins e até mesmo nas ruas e praças públicas, os que pretendiam dirigir os destinos de uma sociedade que julgava ter completado sua emancipação da tutela metropolitana, expunham suas ideias e programas, procuravam viver seus sonhos e utopias, expressavam seus temores e angústias. Servindo-se de imagens e conceitos cunhados em países distantes, buscavam referências para a compreensão do quadro em que se moviam, assim como procuravam ser semelhantes às nações que se apresentavam como portadoras de uma civilização. Ao lado dos que pretendiam dirigir, e até mesmo por vezes dos demais que suportavam o peso de uma dominação, não se envergonhavam de recorrer à força que insistiam em monopolizar como recurso para restaurar uma ordem que entendiam como justa, mas que insistia em lhes escapar. Em muitas ocasiões, muitos desses homens que formavam o que era visto como a “boa sociedade” sentiram-se ultrajados em sua honra, como resultado da política de repressão ao tráfico negreiro intercontinental, que se manifestava quer por meio de notas e de pressões diplomáticas, quer através dos navios de guerra que invadiam as águas continentais do Império. Para quase todos, aqueles foram tempos de inquietação e temor. Nas cidades, a agitação da “malta” não cessara de todo, embora já não contasse com a ajuda indireta dos batalhões mercenários. No meio rural, e mais particularmente nas áreas por onde se espalhavamos cafezais que enriqueciam plantadores, comissários e traficantes negreiros, intensificaram-se as lutas pela posse da terra. (...)

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