O Cerrado Vivo é o principal personagem deste livro. Formado pelo entorno do Rio São Francisco expandido para Leste e Oeste, numa área de 2 milhões de km2, é fator de unidade territorial e cultural do país. Fogo, Cerrado! é um livro forte e que leva a reflexões profundas em meio a uma narrativa, como delírio, perto de um realismo cruel vizinho do naturalismo, em que transgressões do homem irracional são reveladas numa linguagem cruel, divertida, erótica, livre, poética, vigorosa. Fogo, Cerrado! é a força de um autor de fôlego próprio, vivo, original.
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US$25.30
Book Details
Author:
Marcos Wilson Spyer Rezende
ISBN:
9786556470139
Publisher:
Geração Editorial
Publication year:
2020
Cover:
Brochura
Pages:
358
Edition:
1a. Edição
Language:
Português (Brasil)
Dimensions:
23.4 x 15.6 cm
More about the book
Escritor faz do Cerrado o personagem principal de romance A Geração Editorial publica Fogo, Cerrado!, de Marcos Wilson Spyer Rezende, sobre a moderna conquista do Oeste Brasileiro a partir da construção de Brasília e que pode trazer profunda reflexão sobre o mundo atual Livro de estreia do mineiro Marcos Wilson Spyer Rezende na ficção que a Geração Editorial lança agora no final de 2020, Fogo, Cerrado! começou a ser escrito em 1962 e pode motivar uma reflexão profunda neste mundo pandêmico. De acordo com a apresentação da editora, o livro reflete o olhar de um jovem, entre 11 e 15 anos, vivendo no centro das transformações históricas do prenúncio da ruptura democrática de 64. O Cerrado é o principal personagem do romance. Elaboradas e ricas ilustrações do artista Bruno Liberati, ícone da fase áurea do Jornal do Brasil, enriquecem a edição. Liberati morreu em junho, aos 71 anos. Em “Conversa ao final”, Marcos Wilson homenageia o ilustrador do livro, que tem capa de Alan Maia e projeto gráfico e diagramação de Genildo Santana. Em longo, paciente e incansável trabalho de quase 60 anos, o escritor ampliou e aprimorou o texto, no início um conto e depois novela, e o transformou num vigoroso romance de 350 páginas. Quatro pessoas leram diferentes versões de Fogo, Cerrado! e fizeram sugestões, em parte aproveitadas pelo romancista. O resultado é um romance de linguagem crua, divertida, erótica, livre, poética, uma narrativa perto de um realismo cruel vizinho do naturalismo, em que o Cerrado é personagem e cenário de conflitos entre fazendeiros, jagunços, retirantes, roceiros, trabalhadores na construção, meeiros, carvoeiros e padres. Uma grande legião de personagens inesquecíveis povoa essa narrativa sobre a última grande invasão do cerrado brasileiro, em meados da década de 60, com a construção da estrada ligando o Rio a Brasília. A construtora monta um canteiro de obras em uma fazenda às margens da rodovia para onde leva centenas de trabalhadores do Nordeste. Quando a obra chega ao fim, eles decidem permanecer naquela terra fértil às margens do Rio Santo Antônio, motivando a ira de proprietários rurais. É esse o cenário de uma pequena grande epopeia que coloca em um polo os donos das terras e, no outro, seus novos ocupantes, todos em total interação com a água, a terra, o ar, as árvores de um país chamado Cerrado. Um pouco mais de alguns das dezenas de personagens, muitos deles magistralmente desenhados por Bruno Liberati: um coronel maçom e fazendeiro cego de ódio e obcecado por matar comunistas que querem tomar suas terras; um filho de jagunço de 12 anos à espera de um novo apocalipse com a chegada de uma onda de frio; uma jovem mulher adepta do amor livre; um líder camponês visionário; uma matriarca de poucas palavras e olhar incisivo, duro, que todos entendem e obedecem; um padre devasso e pedófilo, outro operário e um monsenhor ultraconservador. Além deles, peões de obras, caminhoneiros, retirantes, roceiros, carvoeiros, jagunços, nordestinos, pequenos proprietários de terra, um oficial do Exército, homens e mulheres da elite a caminho da nova capital do país. Fogo, Cerrado! lembra algo do livro El llano em llamas [O planalto em chamas] do mexicano Juan Rulfo, considerado por Marcos Wilson o principal romancista latino-americano: “Uma obra regionalista, com uma narrativa direta, coloquial com as vozes dos personagens usando seu próprio vocabulário”. Rulfo abandona o realismo mágico de Pedro Páramo, sua obra maior, adotando um realismo bastante cru, beirando o naturalismo. Já Marcos Wilson mantém o realismo fantástico e se aproxima ainda mais do naturalismo, do evolucionismo de Charles Darwin, do pensamento do biólogo evolutivo e escritor britânico Richard Dawkins e do filósofo norte-americano Daniel Dennett. Fogo, Cerrado! tem tudo para transformar-se num marco da literatura brasileira.Sobre o autor
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